segunda-feira, 6 de abril de 2009

Fim de semana trabalhado

Depois do trauma da última segunda-feira (Ah, o café...), resolvi abrir mão dos passeios no fim de semana e me concentrei no trabalho. Nem o blog eu atualizei. Aliás, momento crucial esse em que se encontra o blog. É um vai-ou-racha de postagens. Quer dizer, ou decido levar mesmo adiante o projeto Brasil Hemisfério Norte, a despeito das dificuldades, ou agora deixo logo pra lá e vou ocupar meu tempo com formas menos virtuais de me relacionar com as pessoas. O futuro dirá.

Essa semana dou aula só na de segunda a quarta, já que às quintas meu horário é livre e essa santa sexta-feira é santa. Meu plano então é me adiantar um pouco na preparação das aulas do mês para ter tempo e tranqüilidade para me dedicar também aos projetos de artigos e capítulos de livro e ao projeto de projeto-de-doutorado.

Enfim, aqui estou no domingo à noite (embora a postagem saia só na segunda, por motivos técnicos), tomando uma cerveja pra me dar aquele sono-dos-justos daqui a pouco e escrevendo amenidades por falta de assunto melhor para postar.

Amenidades: 1) cozinhei um arroz-com-lentilha e umas almôndegas com tomate, porque estava de saco cheio de comer comida de restaurante todo dia. Comi no almoço e o repeteco na janta; 2) essa semana uma chuvona deu uma amenizada no calor. Está correndo uma brisa boa e tem pouco carapanã; 3) estou achando graça do meu estilo grandiloquente... “trauma da última segunda-feira”, “vai-ou-racha de postagens”, “O futuro dirá”, “sono-dos-justos”... Pra quê ser dramático desse jeito?

Ah, lembrei de algo que vale a pena ser postado! No almoço de sábado, eu e a Julia encontramos uma professora da UFRR no restaurante, acompanhada de uma amiga. A professora é negra e a amiga é indígena. A professora é espírita e a amiga é budista. Então o repertório de casos de preconceito era grande. As duas, muito bem humoradas, contaram suas estórias dando risada – porque o ambiente era de tolerância e ninguém ali estava subestimando a gravidade dos casos. Só para ficar com um:

A professora negra foi inscrever-se num concurso que tinha vagas que iam desde médico até faxineiro. A funcionária pergunta: - Qual é a vaga para que você quer se inscrever? Ela responde: - Psicóloga. E a funcionária, espantada: - Mas é preciso ter nível superior! A professora termina a conversa com um cala-boca à altura: - Mestrado serve? Lamentável que ainda exista esse tipo de comportamento.

Outra anedota que vale a postagem, mais cômica mas não menos trágica, dessa vez para baixar a bola da classe intelectual. Segundo a Julia, é uma tirinha do Hagar, que o professor orientador dela, o grande Estevão Rezende de Martins, entregava para todos os seus orientandos no início da orientação. Descrevo:

O amigo magrelo do Hagar vê uma oferta de emprego na tenda do Druida e entra para a entrevista.

O Druida: Você sabe ler?

O amigo magrelo do Hagar: Eu tenho pós-graduação.

O Druida: Não fuja da minha pergunta.

Encerro o meu caso.